segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mudanças



Realmente nunca sabemos o que o amanhã nos reserva. Olho para o passado e quase nem me reconheço. Crescemos, amadurecemos e mudamos. Nas conversas com os amigos sinto isso mesmo, nada pára e o mundo que outrora tomava como certo de repente já não é o mesmo. Este é um ano cheio de surpresas em que, pela ordem natural das coisas, assisto na plateia ao milagre da vida. Sinto-me feliz por quem acarinho poder realizar esse desejo.
O destino…será que realmente isso existe? Algo que estará previamente definido na nossa vida que por muito que queiramos não podemos mudar? Não gosto de ser fatalista e de sentir que não controlo a minha vida, no entanto, por vezes não consigo deixar de ser tão portuguesa. E neste mundo de mudanças parece que em certos aspectos tenho um rumo pré-definido.
Volto à redoma, ao meu mundinho e procuro, desejo qualquer coisa que não isto, mas qual a alternativa? Refugio-me na minha música, que não me pertence, nos meus sonhos improváveis e assim continuo … e o tempo corre… como já não o faço há muito tempo.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

O final do dia

Momento de descanso e contemplação

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Voltei… deixando o coração para trás…



Nunca é fácil escolher entre o que é preciso e o que é desejado, entre a necessidade e a felicidade… e desta vez o dever falou mais alto. Volto iludida para uma casa que não sinto como um lar, para um país que me acolhe mas com o qual não me identifico e para um povo que já conheço mas que não é o meu. Mas apesar deste meu sentimento…

Acordo sempre cedo na fazenda. A luz entra pela janela a partir das 6 e 30 da manhã e a natureza ruidosa faz com que não consiga permanecer na cama. Hoje é sexta-feira e estou contente com a perspectiva de mais tarde voltar a Dili, pois aí poderei conectar-me ao mundo de redes e falar com quem sinto falta. Mais um dia… troco-me para a roupa de mato e tomo o matabicho na varanda olhando a paisagem. Esta terra que não é a minha tem os seus encantos… Na verdade, fico até comovida com a beleza que me rodeia. No alto da montanha vejo os montes, cortados pelas ribeiras, que rodeiam a fazenda, as albizzias em flor a sombrearem o café e a bruma alojada perto das copas. Entrego-me a este meu momento de paz sendo somente interrompida pelo som dos pássaros e das cigarras que vão penetrando o meu pasmo perante o que vejo. Mais um dia…