Nunca é fácil escolher entre o que é preciso e o que é desejado, entre a necessidade e a felicidade… e desta vez o dever falou mais alto. Volto iludida para uma casa que não sinto como um lar, para um país que me acolhe mas com o qual não me identifico e para um povo que já conheço mas que não é o meu. Mas apesar deste meu sentimento…
Acordo sempre cedo na fazenda. A luz entra pela janela a partir das 6 e 30 da manhã e a natureza ruidosa faz com que não consiga permanecer na cama. Hoje é sexta-feira e estou contente com a perspectiva de mais tarde voltar a Dili, pois aí poderei conectar-me ao mundo de redes e falar com quem sinto falta. Mais um dia… troco-me para a roupa de mato e tomo o matabicho na varanda olhando a paisagem. Esta terra que não é a minha tem os seus encantos… Na verdade, fico até comovida com a beleza que me rodeia. No alto da montanha vejo os montes, cortados pelas ribeiras, que rodeiam a fazenda, as albizzias em flor a sombrearem o café e a bruma alojada perto das copas. Entrego-me a este meu momento de paz sendo somente interrompida pelo som dos pássaros e das cigarras que vão penetrando o meu pasmo perante o que vejo. Mais um dia…
a minha mae costuma dizer que é preciso partir para saber voltar... estas outra mulher, desde sao tomé e Dili... adoro-te beijo grande
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